sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Após mais um recorde, Cielo avalia: ‘'Acho que cheguei num patamar único’'



Lydia Gismondi
São Paulo


Poderia parecer um sonho distante para qualquer atleta terminar o ano como campeão mundial e recordista em duas provas. Mas não para Cesar Cielo. O velocista brasileiro adicionou em seu currículo nesta sexta-feira, no Torneio Open de Natação, a marca que ainda lhe faltava, nos 50m livre, com o tempo de 20s91. Diante de tantas conquistas em 2009, Cielo agora só pensa em curtir a vida “de um jovem de 22 anos”.

O velocista afirmou ter chegado a um “patamar único” e avisou que ainda dá para continuar baixando os seus tempos.
abaixo trechos de sua entrevista minutos apos a quebra do recorde

Alívio

- Eu estava engasgado já com esses recordes aqui. Toda hora batendo na trave. Não aguentava mais ouvir o pessoal gritar uhuu. São esses poucos momentos que fazem tudo valer a pena.

2009



- Nunca fui o melhor no papel. Sempre ganhava, mas não tinha o tempo no papel. Agora, sou campeão mundial nos 50 e 100 e recordista mundial das duas provas. Acho que cheguei num patamar único, onde poucos velocistas chegaram até hoje. Este foi o melhor ano da minha vida, que servirá de molde para o resto da minha carreira.

20s86, no papel



- Eu até pensei em colocar hoje no papel 20s92. Mas decidi deixar este mesmo. Quanto mais baixo, melhor. (Na quinta, Cielo entregou um papel dobrado ao técnico Albertinho, com o tempo de 20s86, marca que desejava atingir na prova)


Férias


- Agora quero férias, curtir umas festas neste fim de ano para voltar com tudo ano que vem de novo. Preciso descansar, ficar um pouco sem dar entrevistas, sem fazer nada. Quero descansar a minha cabeça e curtir a vida de um jovem de 22 anos.

Temporada


- Não foi uma temporada ideal. O Albertinho (técnico) teve de adaptar meus treinos, teve a viagem para o Canadá. Mas, de alguma forma, a gente se adaptou ao ponto de bater o recorde dos 50m e quase o dos 100m.

Supermaiôs


- Como era a última chance de nadar com o maiô, era uma chance especial de bater o recorde.

Recorde em Casa

- Na verdade, estou sempre concentrado na minha prova. Mas, inconscientemente, tudo isso contribui de alguma forma. No caminho para as provas, as pessoas te cumprimentam, você escuta a torcida...

Ansiedade


- A prova de ontem (quinta) não me deixou dormir. Acordei às 3h30m, não quis dormir mais e tomei um energético. Não queria ficar sonolento na prova de hoje.

Pressão


- Não ponho pressão em nenhuma competição, ponho na minha cabeça mesmo. Eu posso estar no Paulista que vou querer arrancar o bloco do chão.

Tempos ainda mais baixos


- Se eu achar um dia que não dá para baixar mais, vou parar de nadar.

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