quinta-feira, 21 de abril de 2011

Brasileiros apoiam que índice 'interno' seja mais rígido até que o da Fina



Para a natação brasileira, o lema “O importante é competir” já não se encaixa mais. Diante da evolução do país na modalidade e do forte nível mundial, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) resolveu estipular índices mais rígidos que o da Federação Internaciona (Fina) para formar a equipe que disputará o Mundial de Xangai, em julho deste ano. O objetivo é levar apenas os atletas que têm chances reais de chegar à final. Confiantes na força da atual geração e encorajados pelos resultados de Cesar Cielo, os atletas apoiaram a iniciativa.

- Isso reflete a evolução da natação do Brasil. Tem que ser assim. Se a gente quiser evoluir, tem que ter um índice que garanta que a pessoa que for terá chances reais de disputar uma final. Esse é o passo que o Brasil tem que seguir, é um processo natural. Não adianta a gente levar uma equipe com 30 atletas para trazer uma ou duas medalhas – opinou Gabriel Mangabeira, um dos nadadores mais experientes e que ainda busca a classificação nos 100m borboleta.

O caminho até Xangai não promete ser fácil, uma vez que a CBDA estipulou tempos mais fortes que o índice A indicado pela Federação Internacional da Natação (Fina). Prova disso é que na quarta-feira, no primeiro dia da penúltima seletiva para a competição, apenas Cielo nadou abaixo de uma das marcas exigidas, nos 100m livre.

- Isso veio mais ou menos de uma forma natural. Foi um consenso entre a comissão técnica permanente e a direção da CBDA porque a realidade internacional vem crescendo muito e natação brasileira tem se desenvolvido. Hoje, você precisa ir aos eventos internacionais preparado para eles. Eu poderia colocar um índice muito mais fraco e teriam uns 50 índices aqui hoje. Iria dar uma mídia maravilhosa. Mas mídia boa é aquela que dá depois do resultado de um grande evento. É isso que as pessoas precisam entender – explicou o superintendente da CBDA, Ricardo de Moura.

Os nadadores não só entenderem como também apoiaram a iniciativa, que tem como objetivo principal levar ao Mundial apenas os atletas que têm chances reais de chegar à final.

- A natação evoluiu. Então, os índices têm que estar mais fortes mesmo. O Brasil está em um nível acima. Em Roma, foram várias finais. E a maioria dos países de ponta têm índices bem mais fortes do que os da Fina – disse Henrique Barbosa.

Para Cielo, um dos 11 nadadores brasileiros que já fizeram índice para Xangai, a pressão de fazer tempos mais baixos também pode servir como estímulo.

- Eu acho que quanto mais você pressiona as pessoas, mas elas vão buscar um resultado melhor. Claro que em alguma situações a gente não pode exigir uma coisa muito além do limite de cada um, mas eu acho interessante. A natação do Brasil hoje é a sétima melhor do mundo. Agora, a gente está indo para ganhar medalha, não estamos indo mais para participar como fazíamos antes.

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